Institucional
Conheça a nova coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Católica do Tocantins
A arquiteta e urbanista Ludmila Normanha Benedetti Furtado assume a coordenação do curso de Arquitetura e Urbanismo da Católica do Tocantins, agora no primeiro semestre de 2019. Em entrevista, a nova coordenadora falou dos projetos e desafios.
Quais serão suas ações a frente da coordenação do curso?
Desejo fazer uma gestão colaborativa, em que buscarei o feedback dos acadêmicos, do colegiado do curso e dos profissionais da instituição e do mercado. Naturalmente, haverá questões que demandarão um voto de minerva, o qual buscarei fazer com o máximo de análise e de critério.
Sempre com a missão da Católica e o caráter de Pastoralidade desta instituição em mente, buscarei difundir os programas de bolsas e os projetos de extensão que a mesma mantém.
Para os acadêmicos, desejo proporcionar uma visão geral e crítica dos acontecimentos mundiais, além de auxiliar na formação de um profissional crítico, criativo, ético e responsável, com capacidade de absorver e impactar as mudanças contemporâneas de nossa profissão.
Quais os desafios que você acredita que vai enfrentar?
Há os desafios relacionados ao ensino superior e também relacionados às transformações da Arquitetura em si.
Nos dois âmbitos, há que se trabalhar o equilíbrio entre a tecnologia e o ser humano. O avanço da tecnologia tem impactado praticamente todas as áreas de conhecimento e atuação profissionais, não seria diferente com o Ensino Superior e com a Arquitetura e Urbanismo. Ao mesmo tempo em que a tecnologia nos tem trazido ganhos inegáveis, a humanidade tem sofrido com questões emocionais e há vários estudos que correlacionam uma coisa com a outra. Como o sal na elaboração de um prato, teremos que dosar a “quantidade” de tecnologia em nossos processos para manter a face humana da Arquitetura.
Há também uma questão bem brasileira, de caráter humanitário e social. Temos ainda espaços, urbanos e construídos, que não respeitam as normas em relação à acessibilidade para as pessoas com deficiência.
Em suma, os desafios serão de impactar positivamente os alunos e a sociedade com as possibilidades tecnológicas e sociais que a arquitetura e o urbanismo podem nos fornecer. Isso somente será possível com um curso de grande rigor acadêmico e consciência social.
Como está hoje o mercado de trabalho para o Arquiteto?
Após a criação do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) a profissão vem sendo cada vez mais valorizada e ganhando importância no cenário nacional. O ano de 2018 foi um ano importante para nós arquitetos onde muitas leis e decretos foram publicados demonstrando a importância do nosso trabalho não só na construção do habitat humano; no planejamento e desenvolvimento das cidades brasileiras, tornando-as inclusivas e sustentáveis; mas também na organização do território nacional.
Essas Leis abriram ainda mais mercados e possibilidades futuras, tais como a Lei da Assistência Técnica, dos Projetos de acessibilidade nos espaços urbanos e nas edificações e do Planejamento das Cidades.
Além disso, percebemos que o mercado imobiliário está ressurgindo de um longo período de estagnação. A maioria das empresas incorporadoras no Brasil planeja um 2019 de muito trabalho e de muitos lançamentos. Isso impactará positivamente na demanda por projetos.
Minicurrículo
Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2002) e mestre em Architectural Design (Projeto de Arquitetura e Urbanismo) pela Kingston University em Londres, Reino Unido (2010). Especialista em Acessibilidade e Desenho Universal.
Publicado por ANA CLAUDIA RICHARDELLI MOREIRA DE C. SOARES