No cenário em constante evolução da aquicultura, a busca por práticas eficientes e sustentáveis é fundamental. Na sexta-feira, 10 de novembro, o Centro Universitário Católica do Tocantins (UniCatólica) promoveu o 1º Simpósio de Sanidade Aquícola reunindo especialistas, pesquisadores e profissionais do setor para discutir e compartilhar conhecimentos sobre os desafios e avanços nesse campo.
O evento foi uma realização da instituição em parceria com a Secretaria da Pesca e Aquicultura, Adapec (Agência de Defesa Agropecuária), Governo do Estado do Tocantins e Embrapa, com o apoio da MSD Saúde Animal e GenoMar.
Palestras abordam o cenário atual da sanidade aquícola
A primeira parte do simpósio se aprofundou nas questões atuais que permeiam o assunto. Especialistas destacaram os programas de sanidade aquícola e políticas públicas e qualidade de alevinos na produção aquícola.
O Professor Mestre Thiago Tardivo destacou que o simpósio foi uma oportunidade de proporcionar informações sobre a questão da sanidade aquícola no Tocantins, incluindo políticas públicas, pesquisa e melhores práticas. “O objetivo foi fornecer subsídios a estudantes, técnicos, gestores e piscicultores envolvidos diretamente no setor”, ressaltou o docente.
A Professora Doutora Marina Delphino, do curso de Medicina Veterinária, compartilhou durante palestra que a disseminação de informações sobre protocolos de sanidade aquícola é crucial para manter profissionais e acadêmicos atualizados na implementação de medidas de prevenção e controle de doenças. “Isso garante não apenas a sustentabilidade da cadeia produtiva, mas também impulsiona a inovação e a pesquisa, que é um importante elo entre os acadêmicos e o setor produtivo. Além disso, ajuda na capacitação contínua de profissionais, assegurando que estejam equipados com os conhecimentos mais recentes para enfrentar desafios do setor e contribuir para a segurança alimentar”, concluiu.
Um ponto central do simpósio foi a apresentação de pesquisas mais atuais na promoção da sanidade aquícola. Desde métodos de diagnóstico precoces até soluções sustentáveis, as discussões ressaltaram a importância da pesquisa contínua. O evento também apresentou vacinas e desafios sanitários na aquicultura.
O assunto foi conduzido pela Doutora Patrícia Maciel, representando no evento a Embrapa, que ressaltou o papel do evento para o desenvolvimento dos estudantes presentes. “As discussões das pesquisas em sanidade na Embrapa, acredito que ajudaram a atualizar os acadêmicos em relação ao tema nas questões mais atuais e funcionaram como um estímulo aos mesmos nas potencialidades que a área pode oferecer, em termos de estágios, aprendizado e chance de crescimento na área. A atuação dos acadêmicos de agrárias na área de aquicultura tem tomado mais atenção nos últimos anos, mas ainda não é uma área de destaque nos cursos e nem de interesse dos alunos. No entanto, observa-se que os cursos de agrárias nas universidades brasileiras, e no UniCatólica não é diferente, tem dado mais atenção à área, incluindo disciplina obrigatória na grade e oferecendo estágios na instituição. Aos poucos os discentes visualizam a área como um potencial campo de trabalho e tomam gosto pela atuação. Destaco esse ponto especialmente aos discentes de Medicina Veterinária.”, frisou Patrícia.
Além das palestras, sessões interativas permitiram aos participantes trocar ideias, levantar questionamentos e construir conexões. O 1º Simpósio Internacional de Sanidade Aquícola emergiu como um marco significativo na promoção da saúde e sustentabilidade na aquicultura. As discussões, descobertas e conexões estabelecidas durante o evento certamente continuarão a moldar o futuro dessa indústria.
O UniCatólica está engajado em ações voltadas para a aquicultura, conforme explica o docente, Thiago Tardivo. “Realizamos ações de pesquisa básica e capacitação dos acadêmicos, formação de mão de obra para atender as demandas e necessidades do setor aquícola, que é um setor que está em construção, precisa de profissionais capacitados atuando diretamente dentro da área para que realmente a atividade cresça no Brasil.”, concluiu.
