2012
mar
23
Geral

Jornal do Tocantins publica artigo realizado pelo professor de Agronomia da Católica

O Jornal do Tocantins desta sexta-feira, 23, trouxe na coluna Tendência e Ideias, a publicação do artigo feito pelo professor Mestre do curso de Agronomia da Faculdade Católica do Tocantins, Thiago Magalhães. No artigo, intitulado Desafios do Agronegócio Nacional e as perspectivas para o Tocantins, o docente aponta o potencial do Estado neste setor e defende ações para o fortalecimento no agribusiness.

Abaixo segue o artigo publicado:

Desafios do Agronegócio Nacional e as perspectivas para o Tocantins 

Considerado o grande celeiro do mundo, no que tange produção e exportação de alimentos, o Brasil vive um momento de mudanças estruturais no palco do agronegócio. Também conhecido como agribusiness, este segmento encerra mais de 30% da geração de emprego direto no país, representa 22,75% do PIB nacional e é o fiel da balança comercial, garantindo seu superávit.

Embora nos últimos anos tenha havido certo desequilíbrio no potencial exportador, o cenário permanece favorável. O aumento progressivo na demanda por alimentos aliado à incorporação de novas técnicas agrícolas conferem novos nichos de mercado ao país. Concomitante a esta situação surgem alguns desafios que, veementemente, podem potencializar nossa locomotiva agrícola. O aumento da produtividade, principalmente de culturas do gênero alimentício; a ocupação e uso do solo de forma racional, preservando nossos frágeis ecossistemas; definição de sistemas produtivos a custos competitivos, o que garantiria ao país potencial competitivo no cenário internacional.

O Estado do Tocantins, cuja pujante agroindústria tem alta representatividade no PIB, ainda figura neste contexto como um mero expectador. Muito se tem feito para alavancar nossos processos industriais e temos muito a fazer para que o estado passe de expectador para a posição de ator no desenho do agronegócio nacional. Citarei aqui alguns gargalos, e peço que reflitam criteriosamente sobre eles.

Para o Tocantins, ainda é um grande desafio gerar capacidade de diferenciação de produtos e mercados, o que significaria expandir as oportunidades para pequenos, médios e grandes produtores. Não me restam dúvidas que temos em abundância características salutares para reverter este quadro. Mão de obra qualificada, instituições de ensino e pesquisa, a vontade da comunidade rural e, principalmente, o apoio da sociedade civil organizada.

Outro estrangulamento são as formas como temos enfrentado as novas exigências dos mercados internos e externos e os atuais padrões de consumo. Ora, pensar em desenvolver nossa agricultura é, antes de tudo, considerar aspectos biogeofísicos, socioeconômicos e culturais. É impossível expandir nossa área de influência e estreitar nossos laços comerciais sem antes modificarmos nossas estruturas arcaicase pré-históricas de trabalharmos a agricultura.

 A tão aclamada AGRICULTURA DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO – ABC, com suas novas tecnologias e ideias de fazer agricultura sustentável é o primeiro passo para que possamos definir eixos estratégicos que nos permita fazer a transição dos nossos modelos agrícolas. Práticas como o Plantio Diretos na Palha – PD; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta – ILPF; Sistema Silvipastoril; Tratamento de Dejetos Animais; Recuperação de Áreas Degradadas dentre outras, são propostas que, inevitavelmente, deverão ser incorporadas em nossas práticas agrícolas para que o Tocantins se consolide definitivamente no espaço do agronegócio nacional.

Prof. MsC. do curso de Agronomia da  Faculdade Católica do Tocantins, Thiago Magalhães de Lázari – thiago@catolica-to.edu.br

 

Publicado por Ana Claudia Richardelli

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