Fonte: CAU/TO
Cinco estudantes do curso de arquitetura e urbanismo da Católica do Tocantins estão fazendo um levantamento sobre as condições das calçadas em Palmas. A iniciativa partiu de uma disciplina em que os acadêmicos precisavam manifestar-se sobre algum tema relacionado à arquitetura e urbanismo na capital.
O grupo está fazendo um levantamento e colhendo informações com arquitetos e urbanistas sobre as situações das calçadas da cidade. “Escolhemos algo que está totalmente errado dentro da nossa capital – que é planejada -, que são as calçadas, que têm muita irregularidade. Estamos cobrando das autoridades que as calçadas, de fato, sejam construídas de forma acessível e corretas”, informou o acadêmico Elvis Eduardo Aguiar.
Os estudantes se manifestam através de um perfil no instagram, chamado @pesnasrua. Eles vão até o local em que a situação da calçada é degradante e colocam uma cruz vermelha escrita “aqui jaz uma calçada” acompanhada de um manequim que representa o pedestre em meio ao caos da calçada, segundo Elvis.
“Entendemos que hoje as redes sociais movimentam as pessoas, principalmente o Instagram, então criar um Instagram para expor o nosso movimento, foi a forma mais dinâmica que encontramos para que o projeto chegasse às pessoas e às autoridades”, disse Elvis.
O estudante também informou que o grupo se reuniu com a arquiteta, Joseísa Furtado, representante da Secretaria de Planejamento Urbano de Palmas, que questionada sobre a padronização e regularização das calçadas em Palmas, segundo ele, a iniciativa teve total apoio da prefeitura e há um projeto de lei sobre isso que ainda está na prefeitura, mas não foi aprovado.
O Conselheiro Federal do Tocantins, Matozalém Santana, recebeu o grupo e acredita que “esse projeto acadêmico traz um olhar muito importante para o urbanismo da nossa cidade, em especial ao que diz respeito às calçadas ou à inexistência delas. Palmas é uma cidade jovem, tem tudo para aprender com o passado e não repetir o erro cometido na construção de outras cidades. Nesse sentido, a abordagem dos alunos faz com que o poder público, a sociedade e os profissionais responsáveis sejam mais sensíveis e produzam cidades para pessoas, humanizar os espaços é a nova ordem urbana”, informou.
O grupo ainda irá se reunir com a Secretaria de Planejamento Urbano do Tocantins e todo esse projeto será apresentado em banca para professores e arquitetos.
