A primeira edição da Semana Piscicultura iniciou nessa quarta-feira, 20 de setembro, com mesa redonda. Participaram desse encontro representantes dos órgãos importantes para o desenvolvimento da piscicultura no estado do Tocantins. O evento é promovido pelo centro acadêmico de Zootecnia (C.A.ZOO), juntamente com a coordenação do curso.
O professor mestre Thiago Fontolan presidiu a mesa redonda, que teve a presença do gerente de pesca e aquicultura do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (RURALTINS), Andrey Costa, a gerente de análise e licenciamento ambiental do Instituto Natureza do Tocantins (NATURATINS), Larissa Uchôa, o professor doutor do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Alysson Soares, a engenheira aquícola da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Maíra Zambonato e o gerente de aquicultura da Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), Arthur Emílio França.
Larissa Cintra Fomentou referente ao licenciamento ambiental da atividade da aquicultura dentro do estado do Tocantins, fez também uma explanação do COEMA 27, onde empreendimento é classificado de acordo com o porte e o potencial de severidade no meio ambiente, que é avaliado de acordo com a espécie de produção. “Estamos buscando tentar fomentar a produção do peixe nativo amazônico. A gente também está brigando pela mudança da COEMA 27, pois a classificação com o potencial de severidade acaba inibindo a produção de algumas espécies de peixes nativos, ficando muito burocrático a liberação da licença ambiental”, disse Larissa, que finalizou informando o funcionamento do programa Simplifica Verde, que é auto liberatório, facilitando para o pequeno produtor.
O gerente de aquicultura da Seagro falou um pouco sobre fomento e políticas públicas e atividades que a Seagro executa em prol da piscicultura. Arthur conceituou e qualificou a aquicultura e a piscicultura, “Lembrando que a aquicultura está aumentando e a pesca diminuindo, ou seja, quando a pesca diminui a outra tem que suprir o mercado”, e falou da falta de ordenamento na cadeira produtiva, “o que a gente nota principalmente é uma falta de envolvimento dos produtores dentro das atividades que são colocadas pelo governo, temos que ter um envolvimento maior para que isso tenha respaldo nas decisões do governo”. Finalizou falando das principais dificuldades informadas pelos produtores, “para os produtores a maior dificuldade é o licenciamento ambiental e custo de produção, pois a nossa ração vem toda de fora”.
Andrey falou sobre elaboração de projetos e suas importâncias, enfatizando o levantamento das informações, “se você não fizer o levantamento em campo, seu projeto fura, tem que ir para campo sabendo o que deve coletar”, disse.
Maíra destacou as ações realizadas pela secretaria municipal de desenvolvimento rural na piscicultura, que oferece piscicultores de Palmas assistência técnica e extensão rural especifica na aquicultura, com atendimentos individuais e em grupos por meio de cursos, capacitações e palestras sobre temas diversos como nutrição, qualidade da água, suplementação alimentar, entre outros.
O professor Alysson apresentou aos estudantes presentes os questionamentos fundamentais para iniciar um bom plano de negócio e o CANVAS. “A análise de mercado é o ponto mais importante, pois identifica as características gerais do cliente”, disse.
Após as palestras dos profissionais os acadêmicos fizeram os questionamentos dos temas abordados, sanando suas dúvidas.
A I Semana de Piscicultura segue até o dia 23 de setembro, com palestras e visita de campo.
