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Estudantes de Direito Realizam Visita à Unidade Penal Feminina
Na última semana, os estudantes do curso de Direito do Centro Universitário Católica do Tocantins (UniCatólica) realizaram uma visita técnica à Unidade Penal Feminina (UPF) de Palmas. A visita foi organizada pelo Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) e teve como objetivo aproximar os estudantes da realidade do sistema carcerário, oferecendo uma experiência prática que reforça a importância de compreender o Direito para além da teoria.
O professor Me. Rafael Assunção Godinho, responsável pela coordenação da atividade, destacou a relevância dessas visitas no processo de formação dos futuros advogados. “A realidade jurídica está fora dos códigos. As visitas técnicas reforçam o compromisso da nossa instituição de formar os nossos alunos visando o saber fazer e estreitando a relação entre a prática e a teoria”, afirmou.
A diretora da UPF, a Policial Penal Rosilda Carvalho, também ressaltou a importância da interação entre a academia e o sistema prisional. “A visita dos alunos de Direito nos permitiu abrir um diálogo com a academia e mostrar a complexidade do nosso trabalho, além de contribuir para a formação de profissionais mais conscientes sobre a realidade do sistema carcerário. Agradeço ao professor Rafael por esta importante ação e ressalto que as portas da nossa unidade prisional estão abertas para recebê-los sempre que necessário”, declarou Rosilda.
Durante a visita, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto a rotina das custodiadas e o funcionamento da unidade. Eles foram divididos em dois grupos e conduzidos pela diretora, aprenderam sobre a dinâmica entre as custodiadas e os servidores, além de conhecer as celas, os locais de banho de sol, as aulas e as atividades que compõem o processo de reintegração social.
Jayana de Oliveira Tandelli, estudante do 8º período, compartilhou sua experiência, destacando o impacto transformador da visita. “Foi uma experiência extremamente enriquecedora para mim e para os alunos que tiveram a oportunidade de participar. Sair do âmbito da sala de aula e ver de perto a realidade do sistema prisional desperta muita curiosidade, interesse e vontade de aprender. Essa experiência nos desperta empatia e nos faz refletir sobre questões que muitas vezes são negligenciadas.”
Ela também ressaltou o aprendizado adquirido sobre o processo de reintegração social das custodiadas, que têm a oportunidade de se preparar para o mercado de trabalho após o cumprimento da pena. “A unidade tem toda uma dinâmica para ajudá-las a reconstruírem suas vidas de forma honesta e íntegra, e isso, na minha opinião, é uma das coisas mais importantes que acontecem durante o cumprimento de suas penas. A chance de uma nova vida”, completou a estudante.
Publicado por Luma Marinho