Institucional
UniCatólica Promove Ações de Conscientização no Setembro Amarelo
Na sexta-feira, 13, o Centro Universitário Católica do Tocantins (UniCatólica) promoveu uma ação voltada ao Setembro Amarelo com o objetivo de promover a conscientização sobre a importância da saúde mental. A Pastoralidade esteve presente na Unidade II, conversando com os estudantes do curso de Agrárias. Durante a visita, o Capelão e Supervisor de Pastoralidade, Padre Márcio Ferdinando, trouxe uma reflexão profunda sobre a necessidade do diálogo, destacando a relevância de falar e ouvir como formas de cuidado e empatia. “Falar é necessário. Uma das características que distingue nossa humanidade das demais formas de vida é justamente a nossa capacidade de falar, de nos expressar. A linguagem é um instrumento poderoso, que nos permite comunicar sentimentos, emoções, ideias e, sobretudo, pedir ajuda”, afirmou.
O Padre ressaltou ainda a crise de relacionamentos que afeta a sociedade e enfatizou que o verdadeiro bem viver é construído coletivamente. “Viver é uma arte que se aprende, e para isso, precisamos de um ambiente saudável e acolhedor. Não podemos permitir que nossos irmãos e irmãs enfrentem sozinhos as dores da vida. É nossa missão, como educadores, criar espaços de acolhimento e escuta”.
Estudante faz relato emocionante em evento do Setembro Amarelo
Um dos momentos mais marcantes do evento foi o relato da estudante Alana Moraes Curcino que compartilhou sua experiência ao aceitar a depressão e buscar ajuda. “Quando eu comecei a faculdade, eu comecei a ver que a vida tinha outro sentido, que eu tinha uma outra vida. Encontrei amigos que estavam ali para mim, não amizades que viravam as costas no meu momento de dificuldade, mas sim amizades que me abraçavam e me apoiavam nos meus piores momentos”, declarou. Ela ainda destacou o apoio recebido de professores e membros da instituição que a incentivaram a continuar seus estudos. “Hoje, sou grata pelo suporte que encontrei aqui, fez toda a diferença na minha jornada”, concluiu.
Importância da Identificação e Prevenção
O professor de psicologia, João Alves Júnior, destaca a importância das campanhas de prevenção ao suicídio. “As campanhas do Setembro Amarelo são difundidas mundialmente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é uma das maiores causas de morte dos públicos de 15 a 29 anos”, explicou. Ele enfatiza ainda a necessidade de reconhecer os sinais de alerta, que muitas vezes não são verbais. “É importante que se reconheça os sinais de alerta, ainda existe um grande tabu relacionado à ideia do suicídio. Acabam por ridicularizar ou não compreender o sofrimento da pessoa e muitas vezes essa pessoa acaba não verbalizando seus próprios sentimentos por vergonha ou medo”.
O professor também mencionou a importância de amigos confiáveis, do Centro de Valorização à Vida (188), clínicas-escola e profissionais de psicologia e psiquiatria no apoio a quem enfrenta dificuldades emocionais. Um desses exemplos são os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que ofertam suporte e cuidado especializado. “O CAPS oferece suporte e cuidado porque tem uma equipe de profissionais que podem qualificar melhor essa demanda e oferecer tratamento”. Por fim, o psicólogo ainda citou o Núcleo Cuidar, serviço-escola de psicologia do UniCatólica, que oferece suporte psicológico para pacientes encaminhados por serviços conveniados como CAPS, Defensoria Pública da União e algumas escolas. “Ainda não abrimos para demanda espontânea, mas mesmo assim temos um número grande de encaminhamentos”, finalizou.
Estudantes atentos à palestra sobre acolhimento no Setembro Amarelo
Dialogus: Um Espaço de Escuta e Acolhimento
O núcleo Dialogus, setor do UniCatólica dedicado à escuta especializada dos alunos, também promoveu uma atividade relacionada ao Setembro Amarelo. A psicopedagoga Magna Souza Alves, representante do setor, falou sobre a importância de cuidar de si e do próximo, reforçando o papel do Dialogus no acolhimento e orientação dos estudantes. “Nosso atendimento é individualizado e busca auxiliar os estudantes não só nas questões pedagógicas, mas também no que diz respeito à inclusão, socialização e nas queixas emocionais”, explicou mencionando ainda que os casos mais complexos são encaminhados para a Clínica de Psicologia.
Publicado por Luma Marinho