OS FUNDAMENTOS E OS LIMITES DA ÉTICA DO DISCURSO DE HABERMAS

  • Osnilson Rodrigues Silva

Resumo

O quadro geral da sociedade
modernidade destaca o desenvolvimento
de uma racionalidade técnico-instrumental
sobre o mundo da vida. Na sociedade
moderna os relacionamentos interpessoais
são mediados por um tipo de interesse
que não permitirá a coordenação das
ações por processos de entendimento, mas
apenas por valores instrumentais como
o dinheiro e o poder. Essa nova ordem
de relacionamentos interpessoais gera
um problema ético. Será possível pensar
no ético desconectado dos subsistemas
(dinheiro e poder) e conectado em uma
articulação entre sujeitos participantes de
uma ação comunicativa com interesses na
universalização de normas? O objetivo
deste estudo é de analisar a teoria Ética do
Discurso de Habermas como proposta de
um novo mecanismo de coordenação das
ações com base no entendimento mútuo
sobre normas morais problematizantes
entre participantes de uma ação
comunicativa. A relevância deste se insere
como elemento no debate ético sobre a
crise da modernidade, já que, a Ética do
Discurso é uma tentativa de repensar a
dimensão ética como uma forma de buscar
uma nova solidariedade e relação com
o outro. Porém, a proposta de um novo
mecanismo de coordenação das ações
revela um limite. A teoria de Habermas,
Ética do Discurso, por meio do princípio
de universalização se torna problemática
na medida em que os participantes de uma
ação comunicativa possuem histórias de
vida, desejos e valores diferentes um do
outro e podem se encontrar em posições
hierárquicas diferenciadas. Portanto, não
se revela eficiente em todos os contextos.

Publicado
2018-04-27
Como Citar
Silva, O. (2018). OS FUNDAMENTOS E OS LIMITES DA ÉTICA DO DISCURSO DE HABERMAS. Revista Integralização Universitária, 3(5). Recuperado de https://to.catolica.edu.br/revistas/index.php?journal=riu&page=article&op=view&path[]=326
Edição
Seção
Artigos