ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO EM LARGA ESCALA NA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA, PROVENIENTE DA UTILIZAÇÃO DA BIOMASSA E SEU IMPACTO NA COMPENSAÇÃO DA ENERGIA COMPRADA NA CONCESSIONÁRIA LOCAL

  • Paulo Roberto Nunes Ferreira
  • Humberto Rodrigues Macedo
  • Joel Carlos Zukowski Júnior

Resumo

A autoprodução de energia traz consigo desafios que permeiam a atual
discussão sobre o bem-estar social. A diminuição de investimentos de grande
dispêndio econômico em usinas hidrelétricas e linhas de transmissão distantes
dos grandes centros consumidores. A possibilidade de deslocar tais recursos
para áreas mais carentes da sociedade, tais como: educação e saúde. Neste
sentido, a utilização da Geração Distribuída de Energia através da biomassa,
escopo do nosso projeto, favorece a construção de uma sociedade
comprometida com o desenvolvimento humano, sem perder de vista as questões
de ordem ambiental, e a promoção de mecanismos que permitam aliar políticas
de desenvolvimento com sustentabilidade. Adicionalmente, tem-se o sequestro
de carbono oriundo do cultivo de biomassa, contra as dificuldades ambientais
de se construírem grandes usinas hidrelétricas ou termelétricas, e linhas de
transmissão que ultrapassam os 2.000 km. O sistema de compensação de
energia elétrica, aprovado por lei, permite de forma conjugada, utilizar a
produção local de biomassa para a produção de energia ativa a ser injetada na
rede de distribuição para que haja a compensação através do crédito em
quantidade de energia ativa, a ser consumida por um prazo determinado de 60
(sessenta) meses. A partir de tais avaliações e tomando como base a
infraestrutura existente na Universidade Federal do Tocantins (UFT), podemos
implantar paulatinamente uma geração distribuída, capaz de satisfazer a atual
demanda do insumo por energia elétrica desta unidade de consumo, utilizando
a usina flexível existente e a biomassa de batata-doce. A batata-doce tem sido
objeto de pesquisas e melhorias genéticas na UFT, com resultados expressivos,
como para a variedade DUDA, que se estima uma produtividade entre 300 a 400
litros de Etanol por tonelada. A precipitação média anual de 1.844 mm do Estado
do Tocantins, se enquadra dentro das necessidades para o cultivo da batatadoce.
Outra grande vantagem da implantação em larga escala da Geração
Distribuída, conforme este trabalho, seria a economia superior a R$ 68.000,00
(Sessenta e oito mil reais) por ano, além da geração de emprego e renda com o
cultivo da batata-doce na região. Contudo, para a sua efetivação, a aquisição de
equipamentos e ajustes de produção na usina existente precisam ser
adequados. Trata-se, portanto, de um estudo, e que para a sua plena
implantação demandará de apoio financeiro e de sistematização de processo.

Publicado
2018-04-10
Como Citar
Ferreira, P., Macedo, H., & Zukowski Júnior, J. C. (2018). ESTUDO DA IMPLANTAÇÃO EM LARGA ESCALA NA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA, PROVENIENTE DA UTILIZAÇÃO DA BIOMASSA E SEU IMPACTO NA COMPENSAÇÃO DA ENERGIA COMPRADA NA CONCESSIONÁRIA LOCAL. Revista Integralização Universitária, 11(17). Recuperado de https://to.catolica.edu.br/revistas/index.php?journal=riu&page=article&op=view&path[]=242
Edição
Seção
Artigos